terça-feira, 31 de agosto de 2021

Mal ou mau?

 Uma dúvida que sempre aparece na cabeça das pessoas é a diferença entre mal e mau. Nesse post, você aprenderá a maneira corre de usar cada um desses termos. 


Para entender a diferença entre mal e mau, é importante perceber ao significado e ao contexto que aparecem. Mau é sempre adjetivo, que significa "ruim", "imperfeito". É antônimo de bom, faz o plural com maus e o feminino é má. 
Observe os exemplos: Aquele homem sempre foi mau.
                                    A menina era má. 

Já a palavra mal, pode ser classificada como advérbio de modo, quando significa "erradamente", "incorretamente". Nesse caso, é invariável e seu antônimo é o advérbio bem. Então, como advérbio, refere-se sempre a um verbo. 
Olhe os exemplos: Ela dormia muito mal. 
                               Estou me sentindo mal essa manhã. 

Existe também a possibilidade de se usar o verbete mal como substantivo, principalmente quando este significa "nocivo", "prejudicial", ou também usado como sinônimo de "doença" e "enfermidade". Como substantivo, admite o plural males e pode vir precedido de artigo, adjetivo ou pronome. Seu antônimo também é o substantivo de bem.

Regrinha básica: Substitua sempre mal por bem e mau por bom quando surgir a dúvida. É infalível! 
                                    


sábado, 14 de agosto de 2021

A Peste - Um paralelo entre o a realidade e a ficção.

 A Peste, de Albert Camus, foi publicado em 1947, após o fim da Segunda Guerra Mundial. A história conta a chegada de uma epidemia à cidade argelina de Orã. O personagem principal é um médico chamado Rieux, que fica na linha de frente da epidemia. Após inúmeras mortes, a doença finalmente se dissipa, trazendo reflexão e alívio para os moradores da cidade. O narrador narra como a população se comporta diante da doença, todo o drama, o medo e a coragem de enfrentar a temida peste. 


Após a chegada da pandemia do Covid 19, o número do livro A Peste aumentou consideravelmente ao redor do mundo. De acordo com o pesquisador de Camus, o Doutor em Letras pela USP,  Raphael Luiz de Araújo, esse aumento no número de vendas se deve ao fato da necessidade das pessoas precisarem repensar quem são e o que estão enfrentando. Por se tratar da condição humana, esse livro ganhou interesse popular. Além disso, o pesquisador pensa que o livro de Camus serve como um espelho e uma forma das pessoas não se sentirem sozinhas em meio às incertezas da pandemia. Dessa forma, o livro A Peste surge como um potencial didático, pois é uma forma de buscar esclarecimento sobre o que está ocorrendo.


Além de ser um livro fabuloso e que prende de maneira plena o leitor,  A Peste reflete algumas situações do mundo real, fazendo assim um paralelo com a realidade. No livro, as autoridades buscam esconder as informações dos moradores de Orã, tratando a doença, em primeiro momento, como algo passageiro, demorando a tratá-la como epidemia. Isso nos lembra o governo de alguns países, que trataram a pandemia do Covid tal qual as autoridades do livro.  

Outros paralelos entre a realidade e a ficção presente do livro de Camus são as consequências que a doença traz para a população. Assim como no auge da pandemia em alguns países, em A Peste, as pessoas chegaram a ser enterradas em valas comuns, os profissionais da saúde que estavam na linha de frente morreram desenfreadamente, o número de infectados e de mortes  aumentava consideravelmente, as restrições e o isolamento se tornaram uma realidade, entre outros. Todos esses paralelos fazem o leitor se identificar com os dramas vividos pelos personagens, pois as semelhanças chegam a ser assustadoras.

O mundo fictício do livro A Peste nos traz uma enxurrada de reflexões, que vão desde o questionamento do nosso papel no mundo e até em como a vida é curta e passageira. Camus foi um gênio ao possibilitar ao leitor a inserção em um mundo de tantos questionamentos. A peste é uma obra magnífica capaz de transformar o leitor. 



Fonte: BCC.com



Romantismo - A busca pela identidade.

  O Romantismo no Brasil teve início com a publicação do livro de poemas "Suspiros poéticos e saudades", de Gonçalves de Magalhães...